quarta-feira, março 11, 2009

"If youth knew; if age could." - Sigmund Freud

Ouvi dizer...
...que as palavras eram perigosas!
...que os actos não eram válidos!
...que os perfumes deviam ser guardados.
...que os sons nada deviam significar.
...que os olhares eram proibidos.
...que os pensamentos deviam ser mantidos como tal!

Numa rua, meio perdido, uma calçada conhecida um pouco difusa, distinta. Um Ser desamparado. Encontro-me lá. Caminho, um pouco sozinho. Apenas acompanhado pelos meus pensamentos pouco certos.
Por onde passo ouço vozes, aqui, ali, além, sempre um pouco distantes, falam numa outra língua que não a minha.
Nem tudo é estranho, o andar, os pensamentos, o caminho, os alentos.
Abrando, páro, olho o chão, para o lado e finalmente o céu!
Todos os sentidos desaparecem, a mente fecha-se, apaga-se e eu, Eu sou Nada. Nada!

No entanto, espero. Espero!
Respiro. Inspiro, expiro. Respiro. Abro a mente ao que me rodeia, todos os sentidos se apercebem, atingem o seu auge e todo o meu corpo esmorece. Caio na realidade!

Sento-me, sentindo o corpo cansado. Repito, olho para baixo, para o lado e para cima. Definho o horizonte, relembro, cai algo e sorrio. Calmamente aprecio, o meu horizonte!

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