terça-feira, abril 07, 2009

Candle

Os pensamentos invadem-me.
Por vezes vemos as coisas tomarem um rumo. Rumo esse disperso do nosso Ser.
Vemos a o mundo a girar, as estações mudarem, as chuvas passarem e o sol a surgir.
As coisas mudam é certo, como muita coisa.
As perguntas surgem, as repostas vão surgindo por vezes.
As dúvidas vão aparecendo e por vezes desaparecem.
Mas nem sempre se fica completamente elucidado, até por vezes as respostas do passado não chegam.
Talvez se compreenda mal, ou até nem se compreenda na totalidade nada.
Por vezes seguimos cegos em pontes pouco seguras de si.
As fraquezas podem ser descobertas aí. Quando menos se espera.
A maneira de ser surge nessas opções de vida.
Segues pouco seguro de ti, tomas decisões que no fundo remontam ao passado.
As coisas no fundo nunca acabam por se esquecer. Até por vezes se pensam nelas e tenta-se esclarecer ou até acreditar em algo um pouco abstracto.
Vive-se num mundo assim, aparte de tudo o resto, um caminho paralelo. que por vezes nos persegue até ao fim.
Por vezes avançamos sem respostas ou até nem questionamos. Cegamente se segue por entre caminhos mal iluminados. Sem nos questionarmos devidamente.
Por vezes calamos-nos ou somos calados, ficamos sem poder perguntar, ou responder devidamente. Ficamos sempre na dúvida.
Por vezes para um bem maior.
Por vezes para nosso bem.
Por vezes porque achamos melhor.
Por vezes porque não gostamos da realidade.
Por vezes porque temos medo.
Por vezes porque parece certo.
Por vezes porque nos apetece.
Porque não queremos compreender.
Porque não queremos mostrar quem somos.
Porque não queremos sentir esse medo.
Porque não queremos perder algo.
No fundo avançamos cegos, fiamente em que algo não passa de algo como 'nada', avançamos com forças ilusórias, que depressa se derrubam.
Por vezes as pontes caem, muitas vezes voltam a ser construídas. Outras tremem e temesse o desmoronamento.
Mas no fundo acabasse por se passar essa ponte, essas pontes e chegasse a algum lado.
Podem esmorecer, tremer, cair mas o caminho no fundo já está feito. Um caminho incompleto que julgamos ter, ou ter deixado para trás. Uma ilusão do que percorremos, uma passagem incompleta. As respostas, as dúvidas, perguntas ficam sempre por fazer, esclarecer ou compreender e no fundo acabas por te sentir incompleto, vazio e inseguro pelo que passaste.
No fim, todos acabam por se sentir assim alguma vez na vida. Todos calam, são calados, todos passam, esmorecem, tremem, caem, partem, todos, são no fundo iguais.
No fim, acabamos apenas por compreender ou fazer-nos acreditar que tudo já foi feito e não são precisas respostas ou perguntas. Mas no fundo cada um se sente incompleto sem tal.

Por isso vou calar-me perante o que pode parecer certo.
O passado completa o futuro.
"Eu não sei o que quero, mas tou certo do que não quero"
As respostas ficam algures, as perguntas longe delas, as dúvidas vão aparecendo, por vezes esclarecidas devidamente, ou não.

Mas caminho.

3 comentários:

Anónimo disse...

"As coisas no fundo nunca acabam por se esquecer. Até por vezes se pensam nelas e tenta-se esclarecer ou até acreditar em algo um pouco abstracto.
Vive-se num mundo assim, aparte de tudo o resto, um caminho paralelo. que por vezes nos persegue até ao fim."
Gostei bastante desta parte...

Anónimo disse...

Tenho em primero lugar que dizer que me ri com o "modestia á parte".
As coisas no fundo nunca param, não param quando queremos, nem quando devem parar,nem quando suplicamos que parem...
Antes pensava que algo no fundo ia ser melhor, e que de futuro quando eu mais deseja-se num clique as coisas parariam...hoje que sei que nada pára, tudo evolui, de certa forma, positiva ou negativa...tenho a certeza de dizer, mas mais que tudo de questionar...para que é mais precisa a coragem? Para seguir a evolução normal...para ter consciencia que as coisas passam..ou para como eu e tu :) andar perdidamente a encontrar um jeito de as coisas não passarem...e agarra-las e não ter a exacta noção do ser valor...mas mesmo assim deixa-las passar.As pontes caem, enquanto se dá um ou mil beijos, as pontes caem num abraço, caem, num momento de louca paixão, caem enquanto caem lágrimas, enquanto nascem novos seres...Todos sabem disso, poucos tem a verdadeira noção do mesmo, essas pessoas são vulgar ou esporadicamente designadas de especiais!...(vou te dizer agora quem sou) Es especial...eu tambem sou

Anónimo disse...

Tenho em primero lugar que dizer que me ri com o "modestia á parte".
As coisas no fundo nunca param, não param quando queremos, nem quando devem parar,nem quando suplicamos que parem...
Antes pensava que algo no fundo ia ser melhor, e que de futuro quando eu mais deseja-se num clique as coisas parariam...hoje que sei que nada pára, tudo evolui, de certa forma, positiva ou negativa...tenho a certeza de dizer, mas mais que tudo de questionar...para que é mais precisa a coragem? Para seguir a evolução normal...para ter consciencia que as coisas passam..ou para como eu e tu :) andar perdidamente a encontrar um jeito de as coisas não passarem...e agarra-las e não ter a exacta noção do ser valor...mas mesmo assim deixa-las passar.As pontes caem, enquanto se dá um ou mil beijos, as pontes caem num abraço, caem, num momento de louca paixão, caem enquanto caem lágrimas, enquanto nascem novos seres...Todos sabem disso, poucos tem a verdadeira noção do mesmo, essas pessoas são vulgar ou esporadicamente designadas de especiais!...(vou te dizer agora quem sou) Es especial...eu tambem sou